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Cafeína

Cafeína

 

 

 

De onde vem?

Foi dos árabes a idéia de torrar grãos de café e misturá-los com água quente. Nascia assim, no século XI, o cafezinho. Capaz de aumentar a concentração, levar à euforia e afastar o sono, a bebidaconquistou logo o mundo. Na Europa do século XVII, o café promoveu uma revolução de costumes. O hábito de tomar café ampliou os limites da vida noturna e conquistou a intelectualidade européia. Entre um gole e outro – em casas que receberam o nome de "cafés" –, poetas, escritores, filósofos e músicos varavam a noite escrevendo, compondo, discutindo política e outros temas mais elevados. O café foi celebrado por um vasto número de artistas. Em 1732, o compositor alemão Johann Sebastian Bach reverenciou a bebida com uma cantata, a Kaffee-Kantate: "Ah, como é doce seu sabor! Delicioso como milhares de beijos, mais doce que vinho moscatel! Eu preciso de café...". O dramaturgo italiano Carlo Goldoni fez sua homenagem, em 1750, com a peça La Bottega del Caffé. Outro grande bebedor de café foi o escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832). Aliás, instigado por ele, o médico Friedlieb Ferdinand Runge descobriu, em 1819, o que fazia do café uma bebida tão estimulante: uma substância a que se deu o nome de cafeína.

 

 

O que é?

A cafeína é hoje a substância psicoativa mais consumida no mundo. Mil milhões de pessoas bebem café regularmente – sem contar as que ingerem cafeína sob a forma de chás, chocolates e refrigerantes à base de cola. Desde a sua descoberta, a cafeína é alvo de calorosos debates científicos. Ora ela é incensada como aliada da boa saúde, ora é apontada como maléfica para o organismo. O último estudo sobre o assunto acaba de ser publicado na revista científica Psychopharmacology, editada nos Estados Unidos. Depois de compilar mais de sessenta trabalhos sobre o assunto, o professor americano Roland Griffiths, da Universidade Johns Hopkins, propõe que o consumo exagerado de cafeína entre na condição de vício no Manual de Diagnóstico de Doenças Mentais, a bíblia da psiquiatria, em que estão listados todos os distúrbios psiquiátricos. O uso de uma substância só é considerado vício se a sua falta levar ao comprometimento da vida social e pessoal. Pois bem, Griffiths diz que a suspensão do consumo de cafeína por quem está habituado a ingerir mais de 200 miligramas diários da substância, o equivalente a quatro cafezinhos, leva a quadros típicos das crises de abstinência de drogas: dores de cabeça, fadiga, excesso de sono, diminuição de energia e da sensação de bem-estar.

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