Jogo
O que é?
O jogo existe desde a Antiguidade, e é um fenómeno do capitalismo do último século. Ele é um mecanismo de concentração de renda que causa dependência nas pessoas vulneráveis, que sofrem, contraem dívidas, perdem empregos, desamparam famílias. A evolução do jogador Social para um Jogador Compulsivo pode variar de seis meses a 20 anos. A forma habitual é a familiaridade com o jogo, quando há prática no contexto familiar. Depois este vício chega aos jogos mais estruturados e de exploração comercial, como o BlackJack, Texas Hold'em, Bingo e Lotaria. Assim como todos os jogadores, estes perdem e ganham de vez em quando, mas a conjunção de problemas pessoais pelos quais as pessoas estão a passar naquele momento faz com que sua memória apenas registre os altos valores ganhos. Mas o que começa como uma simples brincadeira para nos entreter, pode tornar-se uma doença.
Antigamente, a dependência do jogo era predominantemente masculina. As mulheres não apresentavam o problema, pois não frequentavam os ambientes próprios de jogos de apostas, mas devido ao aumento do número de casas de jogo nas cidades e com a opção de jogar na internet, as mulheres aproxima-se do jogo e passaram a desenvolver a dependência. Há alguns anos, a relação de jogadores patológicos era de três homens para uma mulher; hoje, essa relação é de um para um em alguns países.
Vicío Dos Jogos Online
Existe uma, cada vez maior, variedade de jogos de computador e a sua qualidade e realismo não pára de aumentar. É já dos negócios mais lucrativos e as suas verbas ultrapassam as de Hollywood. Na China e na Coreia do Sul, já foram realizados funerais virtuais. Estranha ironia, uma vez que os falecidos morreram em consequência de várias horas de jogo sem pausas.
Mais do que uma maneira de passar o tempo, os jogos estão a tornar-se numa competição de elite onde só os melhores de todos são reconhecidos e admirados pelos restantes jogadores. A toda a hora existe alguém em frente a um computador ou a uma consola a jogar. Todos sabemos que quando uma mãe diz ao filho para sair do jogo a resposta é sempre: “já vou, estou quase a acabar”. De facto há quem perca a noção da realidade e ocupe todo o seu tempo a jogar. Esta realidade é tão evidente que já existem campeonatos mundiais de jogos, onde são atribuidos prémios que podem ascender aos milhares de €. Os jogadores juntam-se em rede, e mais do que simples jogadores, são profissionais que recebem os salários de empresas ligadas ao ramo, que procuram de uma maneira fácil e barata obter publicidade mundial. Estes profissionais chegam a treinar 16 horas por dia, porque, para além de terem os reflexos necessários para o jogo, existem ainda muitas variáveis que mudam consoante os adversários enfrentados. Esta realidade tem tendência a tornar-se mais comum. Mesmo sem nos apercebermos, os pais incentivam os filhos a seguirem e a ficarem viciados em jogos de computador. Cada vez mais, os jovens são deixadas sozinhas em casa, tendo como única alternativa para se entreterem, os jogos de computador e as consolas. É natural que eles passem muito tempo a jogar, pois os jogos, oferecem uma realidade paralela, um mundo à parte cheio de desafios e fantasia, que acaba por as entusiasmar e dar uma sensação de satisfação, razão pela qual os jogos são comparados à “cannabis”. Quando uma pessoa está a jogar o cérebro liberta dopaminas, que são as hormonas responsáveis pelo prazer e pela euforia. Contudo, o modo como estas são libertadas, difere do modo da cannabis. Estas dopaminas podem ser libertadas através de estímulos químicos, como é o caso das drogas, ou através da repetição de movimentos e da sensação de contentamento que o próprio jogo oferece. Esta teoria foi confirmada pela psicóloga Marissa Hercht Orzack, coordenadora do Centro de Viciados em Computador da Universidade Harvard. Segundo um estudo realizado pela mesma nos EUA, em 607 adolescentes, constatou-se que apenas 6% dos adolescentes não jogavam em computadores e cerca de 8% dos adolescentes entrevistados possuíam problemas relacionados aos jogos.
Vicio Dos Jogos de Azar
Os jogos de azar são jogos nos quais a possibilidade de ganhar ou perder não dependem da habilidade do jogador, mas sim exclusivamente da sorte ou do azar do apostador, encabeçando essa categoria temos a roleta. A maioria deles são jogos de apostas cujos prémios estão determinados pela probabilidade estatística de acerto e a combinação escolhida, enquanto a minoria são a probabilidade de obter a combinação correta com o baixo percentual de recuperação, por isso, maiores são os prémios.